Não são apenas os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) que estão evoluindo, principalmente ao longo de 2020. Fazer resumo dos avanços tecnológicos ainda é precoce, há muito por vir mais adiante. No caso específico dos jogos de empresas, esses conseguiram mostrar seu valor de forma decisiva e não apenas nos cursos das áreas de negócios.
Outros cursos, que antes não usavam essa estratégia didática, experimentaram as versões de aplicação a distância com muito sucesso e comprovaram que o engajamento e motivação das turmas foi o destaque. Temos recebido relatos de turmas com 100% de presença em cursos que raramente obtinham essa vitória. Não deixo de chamar de vitória quando os alunos se engajam mostrando isso com a presença nesse nível.
Saiba mais sobre aprendizagem ativa
O fator mais interessante nessa questão vem dos avanços tecnológicos na educação e que se estão sendo adotados com parcimônia por muitos AVAs, no caso dos jogos de empresas não aconteceram restrições.
Os motivos desse avanço mais rápido são vários e entre eles o principal foi o uso de celulares nas salas de aula. Já temos uma configuração nos smartphones atuais superior a muitos computadores da base desktop e com uma mobilidade superior também aos portáteis, inclusive notepads. É possível uma sessão de jogo de empresas com a presença virtual dos alunos, em que o professor pode ver cada um deles sem que isso provoque constrangimento e em qualquer lugar que o aluno esteja.
A riqueza da construção coletiva do conhecimento está se fazendo com o aparato digital que o aluno já carrega consigo, sem que sejam exigidos novos investimentos pela Instituição de Ensino.
Mas, quais são os próximos marcos de evolução tecnológica nos jogos de empresas? Tomamos essa estratégia didática por ser conhecida como uma das formas mais complexas entre as várias que formam o rol de estratégias de aprendizagem ativa.
Saiba mais sobre Jogos de Empresas
Essa é uma pergunta que entra no ramo da futurologia, que não é nossa área; mas é possível propor algumas hipóteses:
Nuclearização da aprendizagem
Não estamos nos referindo à tendência de nuclearização das escolas, principalmente rurais, com o objetivo de melhoria da qualidade do ensino. Estamos pontuando que pode estar ocorrendo uma tendência para que a estratégias didáticas a serem adotadas pelas Instituições de Ensino (IE) utilizem serviços de terceiros, assim como fazem com a aquisição de conteúdo para EAD, mas com todo o serviço completo. No caso dos jogos de empresas, as IE não desenvolveriam seu próprio sistema, mas fariam a aquisição desse serviço de terceiros que estão com maior desenvolvimento tecnológico. Com isso, o custo unitário é menor e o investimento financeiro é praticamente nulo. Então, essas empresas passariam a dispor, internamente, de pessoal de alto nível (doutores, pós-doutores e pesquisadores da área) tornando-se núcleos de excelência empresariais a serviço do sistema educacional como um todo. A própria produção dos sistemas contaria com uma vantagem competitiva relevante por estar atenta e direcionada para novas opções tecnológicas para produzir melhores resultados.
Engajamento lateral
Os jogos de empresas têm como principal benefício, frente a outras estratégias, a manifestação frequente de satisfação dos alunos com seus amigos e familiares. Isso é uma tendência que poderá trazer novos alunos, ditos laterais, que se motivam ao curso em que essa atividade é ministrada. Possivelmente haverá uma tendência para que atividades de alta performance em engajamento e motivação, como são os jogos de empresas, passem a ser uma ferramenta de captação de novos alunos para as IE baseadas no ensino a distância.
Ensino híbrido
A maior aceitação e facilidade do aluno situar-se com presença digital criou uma condição favorável para a expansão do ensino híbrido (presencial e online com as mais diversas configurações). Os jogos de empresas, assim como muitas outras estratégias se posicionam como plenamente pertinentes nesse contexto porque sua concepção já é a de integração dos alunos para a construção do conhecimento individual partindo das interações intra e extra grupos de trabalho.
Embora seja possível propor outras hipóteses, gostaríamos de ter sua colaboração com outras sugestões porque é a maneira de fazermos essa análise juntos. Faça seu comentário abaixo e deixe sua opinião, o que vai mudar na aprendizagem ativa pós-covid?
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